Considerando que a EA necessita de um processo contínuo de aprendizagem, baseado no respeito a todas as formas de vida, afirmando valores e muitas ações que contribuem para a formação social do homem e a preservação do meio ambiente. Assim, ela surge como resposta à preocupação da sociedade com o futuro do planeta.
Para trabalharmos com EA é fundamental saber o que ela é, onde surgiu e a que ela se propõe. E, nada como um pouco de história para compreendermos melhor o contexto. A partir dos anos 60, a ecologia tornou-se um assunto de debate no processo de transformação da sociedade. Com a utilização irregular do meio ambiente e o crescimento populacional, a Educação Ambiental se tornou parte integrante de nossas vidas.
A ideia do que veio se chamar EA surgiu na Conferência de Estocolmo, em 1972, e foi ao longo do tempo sendo construída por educadores e ambientalistas de todas as partes do nosso planeta. Tendo, por volta de 1979, se tornado uma prática mundial.
Nessa época, período de ditadura cívico-militar no Brasil, foi realizada no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a qual contribuiu para a divulgação da EA, que passou a ser obrigatória em vários projetos relacionados com a busca de solução para os problemas socioambientais. Mas por falta de compreensão sobre o que ela é e por que fazê-la, não obtiveram muito sucesso.
Atualmente, o meio ambiente está sendo destruído pela má atuação do homem, que se utiliza, de forma impensada, das matérias-primas e outros recursos que a natureza oferece. De acordo com os diversos meios de comunicação que trazem à tona, e de forma alarmista, os problemas globais relacionados à degradação do meio ambiente, havendo uma maior preocupação e necessidade de se tomar uma atitude em prol da natureza.
Nesse sentido, Guimarães (1995, p. 27), chama a atenção para o aspecto da participação, dizendo que a escola deverá, embasada pela EA,
"extrapolar os muros", permitindo a participação da sociedade em geral e o envolvimento da comunidade; será preciso "ressaltar a visão crítica e criativa da escola"; possibilitar "a participação interdisciplinar e multiprofissional"; providenciar para que os programas não sejam "desenvolvidos com base em situações abstratas", e ainda "buscar na comunidade as alternativas de solução", entre outras coisas.
Dessa forma, no contexto da prática pedagógica e curricular, o trabalho de EA necessita ser desenvolvido a fim de ajudar os estudantes a construírem uma consciência global das questões relativas ao meio para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria. Para isso é importante que possam atribuir significado àquilo que aprendem sobre a questão ambiental. E esse significado é resultado da ligação que o estudante estabelece entre o que aprende e a sua realidade cotidiana, da possibilidade de estabelecer ligações entre o que aprende e o que já conhece, e também da possibilidade de utilizar conhecimento em outras situações.
Referências
GUIMARÃES, Mauro. A dimensão ambiental na educação. Campinas - SP: Papirus, 1995.
ROSA, M. A. et al. As perspectivas de Ambiente e de Educação Ambiental nos Projetos de Professores da Educação Básica em um Curso de Formação Continuada. Ambiente & Educação. v. 22, n. 2, p. 88-108, 2017. Disponível em: https://periodicos.furg.br/ambeduc/article/view/7335/5095.
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